domingo, 26 de agosto de 2012

Dinheiro x Cartão x Cartão Pré-Pago x Traveller Checks





- Planeje anteriormente à viagem quanto pretende gastar por dia e de qual modo, e quando no destino, acompanhe diariamente seus gastos para verificar se estão de acordo com o planejamento ou faça ajustes conforme necessário;

- Algumas pessoas costumam fazer hedge (proteção), ou seja, quando sabem que viajarão em um futuro próximo, começam a comprar moeda estrangeira para se proteger de grandes oscilações;

- Tenha em mãos os contatos para cancelamento de cartões de crédito e débito, bem como de Traveller Checks e cartões pré-pagos e cancele-os imediatamente em caso de perda ou roubo;


Espécie:



- Pesquise cotações e tarifas, pois elas variam entre bancos e casas de câmbio. O ideal é somar a cotação com o percentual praticado de tarifa para calcular um custo efetivo da transação e a partir daí escolher onde comprar. As cotações para espécie costumam ser maiores do que as praticadas no saque e compra no cartão;

- Se tiver que fazer câmbio no destino visitado, procure uma casa de câmbio confiável. Os caixas de hotéis costumam ter taxas mais altas;

- É interessante somente se levar a moeda a ser utilizada no destino. Se trocar mais de uma vez, perderá muito com a cotação;

- Custos envolvidos: 0,38% de IOF + tarifa (dependendo do local – o Banco do Brasil, por exemplo, cobra 3% sobre o valor);

- É menos seguro que outras opções;

- Sempre tenha ao menos um pouco de dinheiro local, especialmente trocado, para pagar coisas que não são possíveis em cartão, como taxis, gorjetas, etc.


Cartão de Crédito:



- É uma opção bastante segura, especialmente se utilizada senha no país de destino (cartões com chip). O cartão pode ser cancelado a qualquer momento e é possível até envio de um novo emergencial para o endereço onde estiver. Costumo levar, além do meu Visa usual, um cartão de outra bandeira que utilize menos (no meu caso o Mastercard) e deixar guardado na doleira/cofre/mala trancada, para eventualidades;

- É necessário que o cartão seja Internacional e que seja ativado para uso no exterior. Verifique também a necessidade de solicitar aumento de limite com antecedência, se necessário;

- Os saques e compras efetuados em moeda estrangeira diferente do dólar EUA são convertidos para dólar americano;

- A cotação costuma ser consideravelmente melhor do que a praticada na compra e venda de espécie;

- O valor pago em moeda estrangeira somente é definido no pagamento da fatura do cartão. Por isso, em tempos de oscilação de moedas, o valor a ser efetivamente pago pode ser uma caixinha de surpresas;

- Custos envolvidos: Compras: no geral, cobra-se taxa de conversão de moeda, por volta de 1%, caso não seja em dólar americano + 6,38% de IOF, que é altíssimo e encarece bastante a opção; Para os saques costuma haver também tarifa de retirada. No Banco do Brasil, esta tarifa hoje é de R$12 fixos, independente do valor do saque;


Função débito do cartão:

- A cotação válida é a do momento da compra/saque.

Compra:

- Custos para compra: em torno de 1% de taxa de conversão de moeda, caso não seja em dólar americano +0,38% de IOF;

Saque:

- Custos para saque: em torno de 1% de taxa de conversão de moeda, caso não seja em dólar americano + tarifa pelo saque no exterior, que no Banco do Brasil, por exemplo, é de R$12 por retirada + 0,38% de IOF;

- O saque é uma opção vantajosa, pois não pagamos o IOF caro como no cartão de crédito e a cotação tende a ser melhor que a compra e venda de moeda estrangeira;

- Procure fazer menos saques de valores mais altos, tendo em vista que, no geral, você paga uma taxa fixa por transação;


Cartões Pré-Pagos:



- Os cartões pré-pagos internacionais mais comuns são o Visa Travel Money, o Mastercard Travel Card e o Amex Global Travel Card;

- Custos envolvidos: 0,38% de IOF + tarifa de emissão e recarga (que no geral pode custar em torno de R$50) + tarifa no caso de saque;

- É razoavelmente seguro, já que pode ser cancelado. O único problema é que a maioria dos estabelecimentos não pede a senha, então é preciso ficar atento no caso de perda/roubo;

- É bem aceito, como o cartão de crédito;

- Vem com cartão reserva, para caso de imprevistos;

- É facilmente recarregado, por meio de transferência bancária, inclusive via internet banking;

- Você paga a cotação na hora da recarga, não tendo surpresas no pagamento da fatura, como no cartão de crédito;

- Os emitentes costumam disponibilizar promoções exclusivas para clientes junto a grandes shoppings e redes de lojas;

- Uma limitação é que hotéis e navios não costumam aceitá-lo como caução na hora do check-in;

- Retornando da viagem, é possível guardar o cartão com o saldo remanescente ou sacar o dinheiro no Banco 24 horas, em moeda local.


Traveller Check:



- Não são tão aceitos quanto outros métodos de pagamento, ficando restritos a alguns estabelecimentos;

- A cobrança de tarifas geralmente segue a mesma regra da compra de moeda, mas a cotação é pouco melhor do que a praticada para espécie, apesar de a diferença ser muito pequena.

- São seguros, pois é necessária assinatura do portador no momento da compra e da utilização;

- Em caso de perda ou roubo podem ser cancelados e substituídos.


Conclusão

O cartão de crédito é um meio muito utilizado, pois exige o uso de senha, o que traz maior segurança, além de ser facilmente bloqueado em caso de roubo ou perda. No entanto, apesar de utilizar cotação melhor que a de compra e venda de moeda estrangeira, não é tão atrativo financeiramente por causa do alto percentual de IOF cobrado: 6,38%.

Levar valores em espécie na moeda do local de destino pode ser uma boa opção financeiramente falando, mas não deve ser a única, tendo em vista o risco que envolve: em caso de perda ou roubo, não há como recuperá-lo.

O saque em espécie no destino também parece ser uma boa opção, financeiramente falando, pois não envolve o alto IOF do cartão de crédito, mas é melhor efetuar saques de maior valor, tendo em vista a tarifa fixa para retirada. O problema aí também pode ser o de segurança.

Os cartões pré-pagos também são uma boa opção, pela segurança, pois podem ser cancelados e temos um cartão reserva para utilizar, e pelos custos, que também não são altos como o do cartão de crédito. Além disso, existe a vantagem de sabermos exatamente quanto estamos pagando pela moeda.

Na minha opinião, os traveller checks, apesar da segurança e de não envolverem grandes custos, não são a melhor opção, por não serem bem aceitos, especialmente na Europa.

Entendo que é bom usar ao menos duas opções em uma viagem internacional, a fim de equilibrar os custos e a segurança. Por isso, nas minhas viagens busco levar uma quantia razoável em espécie, utilizo o saque na função débito para um ou dois saques mais emergenciais durante a viagem, além de utilizar o cartão pré-pago em compras diversas, dependendo do destino, e o cartão de crédito para pagar alguns gastos com hotéis (especialmente porque já utilizo esta opção para a caução exigida), e alguns outros gastos, se necessário.

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