- Planeje anteriormente à viagem quanto pretende gastar por dia e de qual
modo, e quando no destino, acompanhe diariamente seus gastos para verificar se
estão de acordo com o planejamento ou faça ajustes conforme necessário;
- Algumas pessoas costumam fazer hedge (proteção), ou seja, quando sabem
que viajarão em um futuro próximo, começam a comprar moeda estrangeira para se
proteger de grandes oscilações;
- Tenha em mãos os contatos para cancelamento de cartões de crédito e
débito, bem como de Traveller Checks e cartões pré-pagos e cancele-os imediatamente
em caso de perda ou roubo;
Espécie:
- Pesquise
cotações e tarifas, pois elas variam entre bancos e casas de câmbio. O ideal é
somar a cotação com o percentual praticado de tarifa para calcular um custo
efetivo da transação e a partir daí escolher onde comprar. As cotações para
espécie costumam ser maiores do que as praticadas no saque e compra no cartão;
- Se tiver que
fazer câmbio no destino visitado, procure uma casa de câmbio confiável. Os
caixas de hotéis costumam ter taxas mais altas;
- É
interessante somente se levar a moeda a ser utilizada no destino. Se trocar
mais de uma vez, perderá muito com a cotação;
- Custos
envolvidos: 0,38% de IOF + tarifa
(dependendo do local – o Banco do Brasil, por exemplo, cobra 3% sobre o valor);
- É menos seguro que outras
opções;
- Sempre tenha ao menos um
pouco de dinheiro local, especialmente trocado, para pagar coisas que não são
possíveis em cartão, como taxis, gorjetas, etc.
Cartão de Crédito:
- É uma opção
bastante segura, especialmente se utilizada senha no país de destino (cartões
com chip). O cartão pode ser cancelado a qualquer momento e é possível até
envio de um novo emergencial para o endereço onde estiver. Costumo levar, além
do meu Visa usual, um cartão de outra bandeira que utilize menos (no meu caso o
Mastercard) e deixar guardado na doleira/cofre/mala trancada, para
eventualidades;
- É necessário
que o cartão seja Internacional e que seja ativado para uso no exterior.
Verifique também a necessidade de solicitar aumento de limite com antecedência,
se necessário;
- Os saques e compras efetuados em moeda estrangeira
diferente do dólar EUA são convertidos para dólar americano;
- A cotação
costuma ser consideravelmente melhor do que a praticada na compra e venda de
espécie;
- O valor pago
em moeda estrangeira somente é definido no pagamento da fatura do cartão. Por
isso, em tempos de oscilação de moedas, o valor a ser efetivamente pago pode
ser uma caixinha de surpresas;
- Custos
envolvidos: Compras: no geral, cobra-se taxa de conversão de moeda, por volta
de 1%, caso não seja em dólar
americano + 6,38% de IOF, que é altíssimo e encarece bastante a opção; Para os
saques costuma haver também tarifa de retirada. No Banco do Brasil, esta tarifa
hoje é de R$12 fixos, independente do valor do saque;
Função débito do cartão:
- A
cotação válida é a do momento da compra/saque.
Compra:
- Custos
para compra: em torno de 1% de taxa de
conversão de moeda, caso não seja em dólar americano +0,38% de IOF;
Saque:
- Custos para saque:
em torno de 1% de taxa de conversão de moeda, caso não seja em dólar americano
+ tarifa pelo saque no exterior, que no Banco do Brasil, por exemplo, é de R$12
por retirada + 0,38% de IOF;
- O saque é uma opção
vantajosa, pois não pagamos o IOF caro como no cartão de crédito e a cotação
tende a ser melhor que a compra e venda de moeda estrangeira;
- Procure fazer menos
saques de valores mais altos, tendo em vista que, no geral, você paga uma taxa fixa
por transação;
Cartões
Pré-Pagos:
- Os cartões
pré-pagos internacionais mais comuns são o Visa Travel Money, o Mastercard
Travel Card e o Amex Global Travel Card;
- Custos envolvidos:
0,38% de IOF + tarifa de emissão e recarga (que no geral pode custar em torno
de R$50) + tarifa no caso de saque;
- É razoavelmente
seguro, já que pode ser cancelado. O único problema é que a maioria dos
estabelecimentos não pede a senha, então é preciso ficar atento no caso de
perda/roubo;
- É bem aceito, como
o cartão de crédito;
- Vem com cartão
reserva, para caso de imprevistos;
- É facilmente
recarregado, por meio de transferência bancária, inclusive via internet
banking;
- Você paga a cotação
na hora da recarga, não tendo surpresas no pagamento da fatura, como no cartão
de crédito;
- Os emitentes
costumam disponibilizar promoções exclusivas para clientes junto a grandes
shoppings e redes de lojas;
- Uma limitação é que
hotéis e navios não costumam aceitá-lo como caução na hora do check-in;
- Retornando da
viagem, é possível guardar o cartão com o saldo remanescente ou sacar o
dinheiro no Banco 24 horas, em moeda local.
Traveller Check:
- Não são tão aceitos
quanto outros métodos de pagamento, ficando restritos a alguns estabelecimentos;
- A cobrança de
tarifas geralmente segue a mesma regra da compra de moeda, mas a cotação é
pouco melhor do que a praticada para espécie, apesar de a diferença ser muito
pequena.
- São seguros, pois é
necessária assinatura do portador no momento da compra e da utilização;
- Em caso de perda ou
roubo podem ser cancelados e substituídos.
Conclusão
O cartão de crédito é um meio muito
utilizado, pois exige o uso de senha, o que traz maior segurança, além de ser
facilmente bloqueado em caso de roubo ou perda. No entanto, apesar de utilizar
cotação melhor que a de compra e venda de moeda estrangeira, não é tão atrativo
financeiramente por causa do alto percentual de IOF cobrado: 6,38%.
Levar valores em espécie na moeda do local de destino
pode ser uma boa opção financeiramente falando, mas não deve ser a única, tendo
em vista o risco que envolve: em caso de perda ou roubo, não há como
recuperá-lo.
O saque em espécie no destino também
parece ser uma boa opção, financeiramente falando, pois não envolve o alto IOF
do cartão de crédito, mas é melhor efetuar saques de maior valor, tendo em
vista a tarifa fixa para retirada. O problema aí também pode ser o de
segurança.
Os cartões pré-pagos também são uma boa
opção, pela segurança, pois podem ser cancelados e temos um cartão reserva para
utilizar, e pelos custos, que também não são altos como o do cartão de crédito.
Além disso, existe a vantagem de sabermos exatamente quanto estamos pagando
pela moeda.
Na minha opinião, os traveller checks, apesar da segurança e
de não envolverem grandes custos, não são a melhor opção, por não serem bem
aceitos, especialmente na Europa.
Entendo que é bom
usar ao menos duas opções em uma viagem internacional, a fim de equilibrar os
custos e a segurança. Por isso, nas minhas viagens busco levar uma quantia
razoável em espécie, utilizo o saque
na função débito para um ou dois saques mais emergenciais durante a viagem,
além de utilizar o cartão pré-pago
em compras diversas, dependendo do destino, e o cartão de crédito para pagar alguns gastos com hotéis
(especialmente porque já utilizo esta opção para a caução exigida), e alguns
outros gastos, se necessário.
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